quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O começo...


Bom, creio eu que minha paixão por animais tenha nascido comigo. Imagine aquelas crianças que quando vêem algum bicho não resistem e vão logo passando a mão, mesmo que eles estejam sujos, aparentemente não muito saudáveis, com cara de bravo ou bonzinho, pequeno, médio, grande...  Então, fui a protagonista de cenas assim diversas vezes durante a minha infância.
Cresci (e ainda cresço) rodeada por diversos “amigos”...  cachorro, gato, cavalo, coelho, pintinho, tartaruga, galinha, vaca, rato, hamster, peixe e até alguns insetos. É nítida a lembrança de como todos foram tratados com muito carinho. Por isso sempre soube com certeza absoluta a profissão que seguiria e hoje estou no quinto período do curso de Medicina Veterinária. E parafraseando algum escritor desconhecido eu afirmo com experiência própria que ser veterinário é aproximar-se de extintos, perder medos, é ganhar amigos de pêlos, penas e escamas, que jamais irão decepcioná-lo, ser veterinário não é só cuidar de animais, é, sobretudo, amá-los.
Coiote
Apesar de toda a minha infância ter se passado perto de animais, dois em especial me marcaram e contribuíram muito para a minha formação pessoal. O Coiote, um pastor belga bastante rude, com cara e jeitão de bravo, mas inacreditavelmente doce e carinhoso comigo e que certa vez, ate me salvou do ataque de um cão bobo na rua. Ele chegou quando eu tinha 5 anos e misteriosamente foi embora (ate hoje não me contaram ao certo como isso aconteceu) nas vésperas do meu aniversario de 10, meses depois de as portas da casa serem abertas para que a Uny entrasse. Foi a primeira perda dolorosa. 
Sorvetinho de flocos
 A Uny (aaah como é difícil descrevê-la), uma cadela da raça pointer inglês, foi o animal mais extraordinário que já pisou na Terra, e quando falo animal, incluo também os racionais. Desde a primeira vez que via a mim e a minha família, sempre foi notável o olhar meigo e calmo, expressando amor, que ela esboçava involuntariamente.  Falo e repito pra qualquer um que queira ouvir, ela foi o único amor sincero que tive na vida e, por enquanto, a única que sempre é presente nas minhas lembranças, onde quer que eu vá. Meu sorvetinho de flocos, minha gostosa, minha paixãozinha, meu amor! Sempre que me lembro da Uny, uma música, cantada com sinceridade, precede lágrimas de saudade: “... você foi, o caso mais antigo, o amor mais amigo que me apareceu, das lembranças que eu trago na vida, você é a saudade que eu gosto de ter, só assim sinto você perto de mim outra vez...” Perder a Uny foi a experiência mais dolorosa pela qual já passei e teve conseqüência na minha vida acadêmica e social, mas isso depois eu conto.
Uny
Agora vamos falar do presente.
Hoje sou mãe de uma coelhinha(que na verdade é macho), a Suri, um galo (que a semanas atrás acreditávamos que era uma galinha), o Zé e um leãozinho lindo, o Pierre.
Sempre fui louca pelo golden retriever (e que ser humano normal não é?) ficava horas e horas pesquisando sobre a raça na internet. Meus olhos brilhavam quando me referia aos cães, não podia vê-los nem em propagandas que ficava toda empolgada. Eis que meu namorado lindo percebe essa minha paixão, e pra minha surpresa e infinita alegria, decide me dar um filhote. Ninhada achada e visita combinada, fomos conhecer os bebês. Contei os minutos ate chegar o momento de conhecer os pequenos e seus pais. O sorriso de orelha a orelha apareceu no segundo em que visualizei aquelas bolinhas de pêlos e permaneceu por horas depois. Os pais, Luna e Fred, tão lindos, quase impossível descrever, os filhotinhos ainda desengonçados devida a pouca idade, já anunciavam o quanto bonitos, espertos e carinhosos seriam. O sexo já fora escolhido, devia ser um macho, não queria uma fêmea por causa das lembranças da Uny. Havia 8 filhotes, alguns mais espoletas, já querendo ate latir e  outros mais lerdos, com vontade só de dormir. Dentre todos, um me chamou atenção logo de cara. Era um gordinho, com o pêlo mais escuro, preguiçoso que só, parecia ate doente, pois não se levantava nem para brincar.Desde a primeira vez em que bati os olhos, sabia que ele seria o meu filhote. Foi amor a primeira vista. Esperei ansiosamente o dia em que ele viria pra casa e passei a pesquisar blogs a respeito da raça. Dois deles comecei a seguir fielmente,  esse  e esse.
Quando o bebê chegou, foi uma felicidade só, mas isso é assunto para os próximos posts. Agradeço ao Bruno, meu namorado. Se a intenção era um presente que marcasse minha vida, atingiu o objetivo perfeitamente. 

Essa foi a segunda visita, quando definitivamente escolhemos nosso bebê.


2 comentários:

  1. Oi, Barbará!
    Obrigada por aumentar o grupo dos apaixonados por golden. Acredito que não há muito o que dizer sobre a raça, principalmente para uma futura veterinária, mas uma coisa é certa, Pierre será muito companheiro e brincalhão, até mesmo quando você não tiver tempo para ele hehehehehe
    Agradecemos a visita e parabéns pelo Pierre, ele é lindo.
    Abraços dos donos de Luna.

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  2. Tiaaaaa Báaaaaaarbara!! Minha mãe contou q vc comprou um godo lindão igual eu e que vocês lêem nosso blog.... Fiquei tooooodo todo!! Pierre, aumigão! Vou vir te visitar sempre...

    Aperto de pata pra vc, lambeijinho pra tia Bá!!

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